Agência France-Presse
postado em 13/07/2009 10:30
ERBIL - O referendo sobre a Constituição curda, um texto que provocou protestos das comunidades árabe e turcomana do Iraque por prever a inclusão de regiões mistas do norte do Curdistão, foi adiado por tempo indeterminado.
"O Parlamento decidiu adiar a celebração do referendo sobre a Constituição regional para uma data que ainda não foi determinada", afirmou o presidente do Parlamento curdo, Adnan al-Mufti. A nova data deve ser fixada pelo presidente do Curdistão iraquiano, Masud Barzani.
A comissão eleitoral iraquiana já havia afirmado que não tinha condições de organizar o referendo sobre a Constituição curda no mesmo dia das eleições provinciais, legislativas e presidenciais previstas para 25 de julho no Curdistão, já que a credibilidade do processo ficaria sob suspeita.
A proposta era de adiar o referendo para agosto, o que foi rejeitado pelo Parlamento curdo. Em 24 de junho, o Parlamento curdo aprovou a futura Constituição do Curdistão, que prevê anexar à região a província de Kirkuk e as cidades situadas sob o governo de Nínive e Diyala, o que provocou a revolta das comunidades árabe e turcomana do país. Estas últimas acusaram os curdos de querer instaurar um "projeto separatista".
A província autônoma do Curdistão mantém relações difíceis com o Estado federal pela distribuição das riquezas petroleiras abundantes no subsolo de Kirkuk.
A capital do Curdistão é Erbil. A região tem a própria bandeira e sua festa nacional, o Noruz. As línguas oficiais são o árabe e o curdo.