Agência France-Presse
postado em 13/07/2009 12:53
WASHINGTON - A agência de inteligência americana (CIA) se recusou nesta segunda-feira (13/7) a comentar as informações segundo as quais mantinha um programa secreto com o objetivo de matar membros da rede terrorista Al-Qaeda, um programa que foi interrompido pelo novo diretor da agência, Leon Panetta.
"Não comentamos a substância destes esforços", declarou George Little, porta-voz da CIA, referindo-se a informações publicadas pelo Wall Street Journal segundo as quais a agência de inteligência conduziu, depois dos atentados de 2001, um programa altamente confidencial para capturar e matar os líderes da Al-Qaeda. De acordo com o jornal, fundos foram liberados para treinar agentes para esta missão.
Segundo um ex-dirigente de inteligência, que não quis ser identificado, a iniciativa, interrompida em junho por Panetta, era "algo cinematográfico, do tipo: 'vamos matar todos eles'".
Pouco dinheiro foi investido no programa, afirmou o deputado republicano Pete Hoekstra, membro da comissão de inteligência da Câmara dos Representantes, citando números "mais próximos de um milhão do que de US$ 50 milhões".
Diante destas revelações, a agência ressaltou "a importância de um diálogo sincero com o Congresso". "Um diálogo sincero com o Congresso é muito importante para este diretor, Leon Panetta e a agência", declarou George Little.