Agência France-Presse
postado em 13/07/2009 16:34
A Lituânia anunciou nesta segunda-feira (13/7) que pretende ampliar um plano de indenizações para proprietários de imóveis pertencentes a judeus confiscados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial - confisco mantido durante a URSS - após críticas contra a atual proposta de compensação.
[SAIBAMAIS]O primeiro-ministro, Andrius Kubilius, disse à imprensa que o governo investirá 17 milhões de litas (US$ 6,9 milhões) "em espécie" a mais no projeto, além das 113 milhões de litas que já haviam sido prometidas em março.
O dinheiro extra é o valor estimado de dois prédios em Vilnius; um deles abriga atualmente um museu de história judaica, enquanto no outro funcionava uma biblioteca.
O governo prometeu devolver o valor das propriedades confiscadas em espécie depois que grupos judaicos lituanos condenaram a proposta original de compensação apenas financeira.
O debate sobre as propriedades judaicas começou quando a Lituânia se separou da União Soviética, em 1990.
As sinagogas foram devolvidas à comunidade há vários anos, mas jamais houve qualquer acordo para dezenas de outros imóveis. Diante desta situação, a cidade de Vilnius tem sofrido pressão de grupos judaicos internacionais e de advogados americanos nos últimos meses.
Kubilius disse que o governo esperava poder enviar o projeto de indenizações ao parlamento o mais cedo possível, e que, se este for aprovado, deve começar a pagar compensações por propriedades da comunidade judaicas expropriadas em 2011.
Antes da Segunda Guerra Mundial, moravam na Lituânia 220.000 judeus. No entanto, 95% deles foram mortos durante a ocupação alemã, que durou três anos (1941-44), e hoje apenas 5.000 judeus residem no país.