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China promete proteção a expatriados após ameaças da Al-Qaeda

Agência France-Presse
postado em 14/07/2009 08:53
URUMQI - A China anunciou nesta terça-feira (14/7) que adotará as medidas necessárias para proteger seus trabalhadores no exterior, respondendo assim às ameaças do braço magrebino da Al-Qaeda contra os expatriados chineses para vingar a morte de uigures em Xinjiang. "O governo chinês se opõe a qualquer forma de terrorismo", anunciou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Qin Gang. [SAIBAMAIS]"Estaremos alertas aos acontecimentos e trabalharemos com outros países para adotar todas as medidas necessárias para garantir a segurança das instituições e dos trabalhadores chineses no exterior", completou. O braço magrebino da rede terrorista Al-Qaeda ameaçou atacar trabalhadores chineses no norte da África para vingar as vítimas da minoria muçulmana uigur que morreram durante os confrontos étnicos de Xinjiang (noroeste da China), informa um jornal de Hong Kong. Segundo o South China Morning Post, que cita um relatório da empresa de análise de riscos Stirling Assynt, com sede em Londres, a Al-Qaeda do Magreb Islâmico (AQMI), implantada na Argélia, convocou represálias contra a China. Esta é a primeira vez que a rede de Osama Bin Laden ameaça diretamente a China ou seus interesses, destaca o informe da Stirling Assynt. Centenas de milhares de chineses trabalham no Oriente Médio e na região norte da África. Apenas na Argélia o número chegaria a 50 mil. A violência étnica entre hans, etnia majoritária na China, e uigures, principal minoria de Xinjinag, desde 5 de julho em Urumqi, capital da região, deixou 184 mortos e 1.680 feridos, segundo um balanço oficial. No entanto, a dissidência uigur no exílio afirma que mais de mil pessoas morreram e denuncia que os distúrbios explodiram depois da brutal repressão da polícia a um protesto pacífico dos uigures. Policiais da unidade antimotim ocupavam as ruas do bairro muçulmano de Urumqi nesta terça-feira, depois dos incidentes da véspera, especialmente a morte de dois uigures por disparos da polícia. A região de maioria uigur da capital de Xinjiang tinha o tráfego restrito e a maioria das lojas fechadas, assim como a mesquita.

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