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Novos atentados no Iraque deixam 14 mortos e quase 100 feridos

Agência France-Presse
postado em 21/07/2009 10:51
RAMADI - Quatorze pessoas morreram e quase 100 ficaram feridas nesta terça-feira em uma série de atentados em Bagdá e outras localidades do Iraque, informaram fontes de segurança e médicas.

Um ministro iraquiano conseguiu escapar com vida de um dos atentados.

Em Bagdá, oito pessoas morreram, entre elas uma menina de oito anos e um bebê de um ano, e outras 65 foram feridas na explosão de duas bombas em dois atentados distintos no bairro de Cidade Sadr, segundo fontes da segurança.

Em Bab al-Muazam, no norte de Bagdá, 12 membros de uma mesma família foram feridos quando o veículo em que estavam foi atingido por uma bomba, segundo as mesmas fontes.

No bairro de Dora, no sul da capital iraquiana, outras duas pessoas morreram e mais seis ficaram feridas na explosão de outro carro bomba.

Além disso, o ministro iraquiano de Recursos Hidráulicos, Abdel Latif Jamal Rachid, escapou a um atentado quando passava em seu comboio no bairro de Karrada (centro). As bombas, que foram colocadas perto de uma ponta, causaram seis feridos.

No entanto, Jamal Rachid desmentiu posteriormente que seu comboio teria sido alvo do ataque.

Por sua vez, em Ramadi, 110 km a oeste de Bagdá, três pessoas morreram e dez foram feridas em um duplo atentado com carro-bomba cometido nas primeiras horas de terça-feira em frente a um restaurante do bairro Al-Jazira, no norte da cidade, segundo uma fonte médica e a polícia.

Em Taji, a norte de Bagdá, o chefe de uma empresa local morreu na explosão de uma bomba colocada sob seu veículo.

Estes atentados aconteceram três semanas depois do envio das forças americanas para fora das cidades iraquianas, segundo acordo de segurança assinado em novembro de 2008 entre Bagdá e Washington que conduzirá a retirada total do Iraque das tropas americanas antes de finais de 2011.

O atentado desta terça-feira é o terceiro em menos de uma semana em Ramadi, a capital da província de Al-Anbar, onde os chefes das tribos sunitas criaram em setembro de 2006 os grupos "sahwa" (despertar, em árabe), que ajudaram o exército americano a lutar contra os combatentes da Al-Qaeda no Iraque.

Em meio a essa violência no Iraque, o presidente americano, Barack Obama, recebe o primeiro-ministro iraquiano Nuri al Maliki nesta quarta-feira, na Casa Branca.

"Estados Unidos e Iraque mantêm uma relação estreita e são aliados no projeto de construir um país soberano, estável e confiável através de uma retirada das forças americanas e da promoção de novos laços comerciais, culturais e educativos", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.

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