Agência France-Presse
postado em 21/07/2009 16:53
Pelo menos 21 pessoas morreram e 120 ficaram feridas nesta terça-feira em uma série de atentados em Bagdá e outras localidades do Iraque, num dos dias mais sangrentos desde a retirada do exército americano das cidades, no dia 30 de junho, informaram fontes de segurança e médicas.
Um ministro iraquiano conseguiu escapar ileso de um dos atentados. Foi o ministro iraquiano de Recursos Hidráulicos, Abdel Latif Jamal Rachid, que conseguiu se safar quando passava pelo bairro de Karrada (centro). As bombas, que foram colocadas perto de uma ponte, causaram seis feridos.
No entanto, Jamal Rachid desmentiu posteriormente que o comboio em que estava tivesse sido alvo do ataque.
Em Bagdá, oito pessoas morreram, entre elas uma menina de oito anos e um bebê de um ano, e outras 65 foram feridas na explosão de duas bombas em dois atentados diferentes no bairro de Cidade Sadr, segundo fontes da segurança.
Em Bab al-Muazam, no norte de Bagdá, 12 membros de uma mesma família foram feridos quando o veículo em que estavam foi atingido por uma bomba, segundo as mesmas fontes.
No bairro de Dora, no sul da capital iraquiana, outras duas pessoas morreram e mais seis ficaram feridas na explosão de outro carro bomba.
Uma mãe e seu fuilho morreram quando uma carroça cheia de legumes que empurravam ativou uma bomba colocada à beira da estrada em Baquba, situada no norte de Bagdá.
Em Taji, norte da capital, o diretor de uma empresa local morreu na explosão de uma bomba colocada sob o veículo em que estava.
Por sua vez, em Ramadi, 110 km a oeste de Bagdá, três pessoas morreram e dez foram feridas em um duplo atentado com carro-bomba cometido nas primeiras horas de terça-feira em frente a um restaurante do bairro Al-Jazira, no norte da cidade, segundo uma fonte médica e a polícia.
Estes atentados aconteceram três semanas depois da saída forças americanas das cidades iraquianas, segundo acordo de segurança assinado em novembro de 2008 entre Bagdá e Washington e que conduzirá à retirada total do Iraque das tropas americanas antes do final de 2011.
O atentado desta terça-feira é o terceiro em menos de uma semana em Ramadi, a capital da província de Al-Anbar, onde os chefes das tribos sunitas criaram em setembro de 2006 os grupos "sahwa" (despertar, em árabe), que ajudaram o exército americano a lutar contra os combatentes da Al-Qaeda no Iraque.
Em meio a essa violência no Iraque, o presidente americano, Barack Obama, recebe o primeiro-ministro iraquiano Nuri al Maliki nesta quarta-feira, na Casa Branca.
"Estados Unidos e Iraque mantêm uma relação estreita e são aliados no projeto de construir um país soberano, estável e confiável através de uma retirada das forças americanas e da promoção de novos laços comerciais, culturais e educativos", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.