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"Não sou um santo", admite Berlusconi

Agência France-Presse
postado em 22/07/2009 11:20

ROMA - O chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, admitiu nesta quarta-feira que não é "um santo", poucos dias depois da publicação de trechos de conversas suas com uma garota de programa.[SAIBAMAIS]

"Não sou um santo, acho que vocês entenderam isso, e espero que as pessoas do (jornal) La Repubblica entendam isso também", disse Berlusconi durante a inauguração do canteiro de obras da estrada que ligará Brescia a Milão, no norte da Itália, segundo declarações publicadas pela agência Ansa.

Segunda e terça, o semanário L;Espresso, que pertence ao mesmo grupo que o La Repubblica, publicou trechos em áudio de conversas gravadas por uma prostituta de luxo que afirma ter passado a noite da casa de Berlusconi.

Os trechos divulgados na terça-feira, reproduzem uma conversa entre a jovem, Patrizia D;Addario, e um empresário, acusado de ter pago a garota para participar de noitadas na mansão do chefe de governo.

Nesta quarta-feira, o La Repubblica publicou os áudios das conversas em seu site.

Explicando que sempre grava suas conversas com clientes, Patrizia D;Addario entregou estas gravações aos magistrados encarregados de investogar o empresário, indiciado por corrupção em Bari (sul da Itália).

"Deixamos as pessoas (que vêm para casa) ficarem com seus telefones celulares pois, ao menos quando estou presente, situações deselegantes não podem acontecer, porque sou uma pessoa de bom gosto, de cultura e elegância", declarou Silvio Berlusconi durante uma intervenção diante dos dirigentes de seu Partido do Povo da Liberdade (PDL).

"Vêm para minha casa não apenas garotas, mas também chefes de Estado e de governo", destacou.

Berlusconi afirmou que segundo uma pesquisa publicada nesta quarta-feira pelo jornal de centro-direito Il Giornale, propriedade da família do chefe de governo, 68% a 69% dos italianos confiam nele.

No entanto, de acordo com uma pesquisa publicada terça-feira pelo La Repubblica, a cota de confiança de Berlusconi caiu para menos de 50% pela primeira vez desde seu regresso ao poder, em maio de 2008.

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