LONDRES - A Grã-Bretanha registrou quase 100.000 novos casos de gripe suína semana passada, quase o dobro dos 55.000 da semana anterior, segundo uma nova estimativa divulgada nesta quinta-feira pelo ministério de Saúde britânica.
Pelo menos 840 pessoas estão internadas devido ao vírus da gripe A (H1N1), 63 delas em unidades de cuidados intensivos, acrescentou o ministério, destacando que os dados são apenas da Inglaterra.
As autoridades de saúde não divulgaram nesta quinta-feira o número de mortos ligados à gripe suína, acrescentando que o dado provisório é de 26 mortos, o mesmo que uma semana atrás, só na Inglaterra.
Estes, somados aos cinco registrados na Escócia, elevam o número a 31 casos mortais em toda a Grã-Bretanha, o país mais atingido da Europa.
Hoje, as autoridades colocaram à disposição da população um questionário na internet para fazer um diagnóstico da doença. Caso o resultado dê positivo, o paciente receberá um código para retirar o Tamiflu, o medicamento que está sendo usado contra a gripe suína, no centro de saúde mais próximo.
Elas indicaram, no entanto, que os doentes com mais riscos, como grávidas, pessoas com outras doenças e crianças pequenas, continuarão tendo de passar por uma consulta médica.
O governo britânico enfrentaria, assim, a pandemia com o lançamento de uma linha direta sobre gripe suína, por telefone e na internet, para esclarecer dúvidas e ajudar no diagnóstico de novos casos. As respostas a um questionário automático sobre os sintomas, segundo as autoridades sanitárias, tem por objetivo desafogar a demanda nos hospitais, que explodiu nos últimos dias.
A linha direta para gripe suína contará, de início, com 1,5 mil atendentes, mas pode chegar a 2 mil, caso seja necessário.
O serviço vai funcionar entre 8h e meia-noite, mas o horário de atendimento também pode ser ampliado, se o governo achar necessário.
Para o Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS), é um risco que vale a pena correr.