Agência France-Presse
postado em 24/07/2009 12:36
ASSUNÇÃO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo nesta sexta-feira em Assunção, onde participa da 37; Cúpula do Mercosul, pela volta de Manuel Zelaya ao poder em Honduras, após o golpe que o derrubou.[SAIBAMAIS]
"Não podemos tolerar e não podemos transigir. Condenamos a interrupção democrática em Honduras. Apoiamos os esforços da comunidade internacional para que o presidente Zelaya seja restituído", disse o presidente brasileiro.
Falando sobre temas econômicos do bloco no Paraguai, Lula disse que "em uma das mais graves crises mundiais, (...) foi a mão invisível do Estado que começou a evitar a queda".
"No Brasil, as aventuras financeiras que vimos em outros países capitalistas foram impedidas, os direitos dos mais pobres foram protegidos", afirmou.
Lula disse ainda que "graças ao dinamismo do comércio do Mercosul, conseguimos diminuir o impacto da queda da demanda", destacando que "avançamos na cooperação industrial com o Paraguai e a Venezuela".
"A crise vai afetar nosso comércio em 2009, mas não teremos que recorrer a instituições como o FMI. O Brasil recorre a ele hoje, mas de formas diferentes", declarou.
Por fim, o presidente brasileiro pediu que o continente "faça um grande esforço para evitar o protecionismo" e consolide a união regional.
"Temos falado com empresários para que eles usem as nossas moedas. Por isso, devemos ter um acordo, não podemos depender dos grandes bancos centrais", afirmou.