postado em 24/07/2009 17:46
O presidente deposto Manuel Zelaya retrocedeu a solo nicaraguense depois de pôr os pés, por alguns instantes, nesta sexta-feira (24/7), em Honduras, diz a agência de notícias France Presse.
Sob uma forte chuva, Zelaya parou seu veículo na Nicarágua, a poucos metros da fronteira, e foi imediatamente cercado por dezenas de hondurenhos gritando "Viva Mel".
Também estava no carro o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolas Maduro, cujo país é um dos aliados mais próximos do presidente hondurenho deposto.
Do outro lado da fronteira, em território hondurenho, um helicóptero da polícia sobrevoava a área e dezenas de policiais e militares fortemente armados vigiavam a entrada do território.
Mais longe, centenas de partidários do presidente deposto tentavam passar pela barreira formada pelas forças da ordem.
Zelaya disse ao oficial encarregado das tropas posicionadas na fronteira com a Nicarágua que desejava falar com o alto comandante do exército, o general Romeo Vásquez, após ter deixado Honduras.
Ordem de prisão
Antes da breve entrada de Zelaya no território hondurenho, sua chanceler, Patricia Rodas, disse que ele se reuniria em breve com as diferentes organizações sociais em Honduras, onde a justiça ditou ordem de captura contra ele por traição à pátria e corrupção.
O presidente deposto Manuel Zelaya chegou nesta sexta-feira à região fronteiriça de Las Manos, entre a Nicarágua e Honduras, com a intenção de penetrar em território hondurenho.
[SAIBAMAIS]Ele pediu aos soldados do Exército do país que ignorassem ordem de prisão contra ele, mas os militares afirmaram que não podem garantir sua segurança.
Mais cedo, Zelaya falou por cerca de 10 minutos ao telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e afirmou querer fazer uma entrada "pacífica".
Manifestantes a favor do presidente deposto por um golpe militar desrespeitaram toque de recolher e entraram em confronto com a polícia perto da fronteira hoje.