Agência France-Presse
postado em 27/07/2009 19:44
Os Estados Unidos fizeram um apelo nesta segunda-feira à moderação, dirigido a Manuel Zelaya e aos autores do golpe de Estado que destituiu o presidente de Honduras, para não fragilizar a mediação tentada pelo presidente da Costa Rica.
"Pedimos a todas as partes envolvidas a evitar empreender ações que possam pôr um ponto final no processo" de mediação que Oscar Arias, o presidente costarriquenho, realiza entre o governo hondurenho de fato de Roberto Micheletti e o presidente deposto Manuel Zelaya, declarou o porta-voz do Departamento de Estado Ian Kelly.
"No meu entender, todas as partes devem ter como objetivo final chegar a uma resolução pacífica para o conflito", acrescentou.
Kelly respondeu, assim, a jornalistas que queriam saber o que achava da postura de desafio adotada por Zelaya.
Após ter pisado simbolicamente o solo hondurenho semana passada, o chefe de Estado deposto anunciou nesta segunda-feira a intenção de permanecer durante toda a semana na Nicarágua, a alguns quilômetros da fronteira com seu país, para organizar uma "frente cívica de resistência contra o golpe de Estado" de 28 de junho.
A secretária de Estado Hillary Clinton havia qualificado "de insconsciente" a decisão de Manuel Zelaya de retornar à força a seu país.
"Continuamos a pressionar Zelaya para aguardar que o processo de negociação dirigido pelo presidente Arias apresente seus frutos", acrescentou Ian Kelly.
O plano adiantado por Arias prevê a volta de Manuel Zelaya ao poder em Tegucigalpa, capital de Honduras, na chefia de um governo de união nacional.