postado em 29/07/2009 20:58
Pela segunda vez em uma semana, o Oriente Médio pautou o encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com representantes da região. Hoje foi a vez do chanceler egípcio, Ahmed Aboul Gheit, que colocou o governo brasileiro a par das negociações, mediadas por seu país, entre grupos palestinos e Israel. Em entrevista coletiva com o colega, Celso Amorim, Gheit afirmou que o Brasil tem condições de contribuir no processo de paz por ser um país "influente nas Nações Unidas e nos fóruns internacionais". "O Brasil pode desempenhar um papel (nas negociações), porque possui um potencial político e econômico para tal", disse o egípcio, lembrando que o país já ajudou em conflitos como a guerra do Líbano, em agosto de 2006.
Gheit ainda disse concordar plenamente com a posição brasileira em relação às propostas de Israel de criar um estado palestino desmilitarizado e em relação à expansão dos assentamentos israelenses. "Israel terá que responder às condições postas pela comunidade internacional", afirmou.
Além de falar sobre o processo de paz e a reforma no Conselho de Segurança da ONU, os dois governos assinaram dois acordos, uma cooperação trilateral em benefício de países africanos e um acordo entre academias diplomáticas.