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Nuri al-Maliki vai ao Curdistão para resolver diferenças com governo autônomo - Prev

postado em 02/08/2009 15:26

O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, viajou neste domingo (2/8) pela primeira vez em mais de dois anos à região autônoma do Curdistão, numa tentativa de resolver diferenças entre o governo central e os dirigentes curdos antes da retirada completa das tropas americanas, prevista para 2011.

Maliki se reúne neste momento com o presidente regional, Massud Barzani, e com o presidente iraquiano, Jalal Talabani, em meio à crescente pressão americana por uma reconciliação entre o governo central e as autoridades do Curdistão. Washington teme que esta rivalidade cause uma instabilidade política perigosa quando o exército americano sair de vez do país.

Em uma visita ao Iraque na semana passada, o secretário da Defesa americano Robert Gates fez um apelo aos líderes iraquianos e curdos para que resolvam suas diferenças antes da retirada dos Estados Unidos.

A reunião acontece duas semanas depois das eleições curdas, que reconduziram ao poder o presidente Barzani, e pouco menos de seis meses antes das eleições gerais iraquianas, marcadas para janeiro. A última viagem de Maliki à região foi organizada em junho de 2007.

"Esta visita é um ponto muito positivo, e abre o diálogo entre as duas partes com o objetivo de resolver os problemas entre o governo central e o Curdistão", declarou o deputado curdo Mahmoud Othman.

Ampliação


O desejo curdo de expandir sua região autônoma no norte do Iraque para incluir a província de Kirkuk - rica em petróleo e palco de violentos conflitos étnicos - e outras áreas fronteiriças foram o estopim de uma violenta guerra verbal com o governo de Maliki, que é xiita.

Na campanha para as eleições curdas, Barzani prometeu que não "comprometeria" as exigências de seu povo em relação à anexação de Kirkuk.

O Partido Democrático do Curdistão (KDP), de Barzani, e a União Patriótica do Curdistão, de Talabani, dominam há décadas a cena política na região autônoma. sua coalizão conseguiu 57% das cadeiras do parlamento nas eleições de 25 de julho.

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