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Líder palestino fala em "resistência"

postado em 05/08/2009 07:44
Em se tratando de Oriente Médio, alguns termos pronunciados por políticos podem ter efeito perigoso. Para o palestino Mohammed Abu Abed, a palavra "resistência" é parte da causa de seu povo. Em entrevista ao Correio, esse morador da Cidade de Gaza, de 30 anos, acredita que resistir significa lutar "pela liberdade, pela terra, por Jerusalém". "Trata-se de remover a ocupação e abrir as fronteiras. Libertar mais de 10 mil prisioneiros, viver em paz, devolver a terra à sua gente, conceder o direito de retorno aos refugiados", opinou o webdesigner. "Alguns movimentos palestinos escolhem lutar com armas e batalhas, baseados no fato de que o que é tomado pela força deve ser reconquistado também pela força", acrescenta, ao citar a existência de braços militares responsáveis sob os quais pesa a autoria de vários ataques suicidas contra civis e militares israelenses. O jornalista Mohammed Ahmed, de 25 anos, concorda com o compatriota e cita outras formas de luta. "Existe a resistência armada, mas também a educacional, a econômica e a popular", disse à reportagem. Diante de 2.400 pessoas reunidas na escola cristã Trastina, a poucos metros da Igreja da Natividade - em Belém (Cisjordânia) - , o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, aproveitou a primeira convenção de delegados do Fatah em 20 anos para enviar um recado a Telavive. "Ainda que a paz seja nossa escolha, nos reservamos o direito à resistência, legitimado pela lei internacional", afirmou. "Abu Mazen", também líder do movimento secularista e de tendência socialista que apoia a Autoridade Palestina e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense desta quarta-feira (5/8)

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