postado em 06/08/2009 12:46
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, prometeu nesta quinta-feira (6/8) "expandir e prolongar" o apoio de Washington ao frágil governo interino da Somália e à sua luta contra radicais islâmicos supostamente vinculado à rede extremista Al-Qaeda.
A chanceler norte-americana acusou os extremistas de tentarem transformar a Somália em uma "base para o terrorismo internacional" ao informar que o governo dos EUA manterá o apoio militar e outros tipos de ajuda às forças africanas de manutenção de paz. Ela, no entanto, não forneceu detalhes sobre o auxílio.
Hillary se reuniu em Nairóbi com o presidente provisório somali, xeque Sharif Sheikh Ahmed, para enfatizar o apoio norte-americano ao governo e às forças da União Africana (UA) que o amparam. "Nós queremos apoiar Ahmed em um momento no qual ele tenta afirmar seu poder em partes da Somália assoladas pelo conflito desde 1992", disse Hillary durante uma palestra na Universidade de Nairóbi antes da reunião. Depois do encontro, a secretaria dos EUA advertiu a Eritreia que o país ficará sujeito a sanções caso continue apoiando os extremistas somalis.
Atualmente, insurgentes tentam derrubar o frágil governo apoiado pelo Ocidente e instaurar um regime islâmico na Somália. O país não tem governo central desde 1991, quando senhores da guerra derrubaram o ditador Mohamed Siad Barre e depois se voltaram uns contra os outros. A partir de 2004, governos provisórios apoiados pela Organização das Nações Unidas (ONU) passaram a ser formados, mas todos eles, inclusive o atual, encontram extrema dificuldade para impor autoridade. O controle do atual governo se estende pouco além dos portões do palácio presidencial.