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Irã faz julgamento em massa e governo britânico reage

postado em 08/08/2009 11:57
Um jovem acadêmico francês e funcionários locais da embaixada britânica e da embaixada francesa foram interrogados em um julgamento em massa ocorrido neste sábado no Irã. Além deles, dezenas de opositores e manifestantes iraquianos foram interrogados sob acusação de incitarem confusão e conspiração contra o atual governo islâmico nos protestos que se seguiram às eleições presidenciais que conduziram o presidente Mahmoud Ahmadinejad a um segundo mandato. O julgamento em massa realizado na Corte Revolucionária de Teerã demonstra a intenção do governo de desmoralizar o movimento a favor de reformas no país de uma única vez e encerrar os protestos que ocorrem desde 12 de junho. Este é o segundo interrogatório ocorrido durante o extraordinário julgamento em massa iniciado na semana passada, embora os acusados neste sábado sejam outros. Vários políticos reformistas proeminentes estavam presentes neste sábado, assim como um acadêmico francês de 23 anos preso em julho. Segundo a agência oficial de notícias do Irã, a IRNA, uma mulher da embaixada francesa em Teerã também foi interrogada. Hossein Rassam, membro da equipe local da Embaixada Britânica igualmente estava presente, acusado de espionagem e de "agir contra a segurança nacional", segundo a IRNA. Clotilde Reiss, uma professora de 23 anos que teria sido presa no aeroporto de Teerã em 1º de julho estava no julgamento. O governo britânico disse hoje que a situação é inaceitável e "contradiz diretamente as garantias dadas repetidamente por autoridades sênior iraquianas". De acordo com o Escritório de Relações Exteriores britânico, o Reino Unido "irá responder a este mais recente ultraje". Durante a sessão, um promotor leu um documento com as acusações, descrevendo haver planos dos Estados Unidos e do Reino Unido de fomentar a desordem no Irã com a intenção de derrubar o sistema islâmico vigente por meio de um "golpe suave". O documento também acusou os dois países de oferecer assistência financeira para os reformistas iranianos.

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