Agência France-Presse
postado em 09/08/2009 17:57
Um avião que fazia a rota entre o Afeganistão e Urumqi, capital da província chinesa de Xinjiang (noroeste) registrou neste domingo uma ameaça de bomba, mas teve negada a permissão para aterrissar, informou a agência oficial chinesa Nova China.
A agência estatal chinesa citou fontes policiais para indicar que os serviços de segurança e de emergência estavam presentes no aeroporto de Urumqi bloqueando os acessos.
As mesmas fontes informaram anteriormente que o avião tinha sido sequestrado.
A Nova China citou fontes diplomáticas na capital afegã, Cabul, para indicar que a aeronave havia retornado ao Afeganistão para aterrissar na cidade de Kandahar, ao sul.
No entanto, o diretor do aeroporto de Kandahar, Nasir Khan, frisou que o avião não tinha sofrido sequestro algum nem ameaça de bomba e que sua aterrissagem em Urumqi foi negada por motivos técnicos não informados.
A aeronave não pode aterrissar em Cabul devido ao mal tempo e o fez em Kandahar, explicou à AFP.
"Não houve nem ameaça de bomba nem sequestro", acrescentou.
O avião fazia a rota entre Cabul e Urumqi e pertencia à companhia Kam Air, cujo representante em Kandahar confirmou que a aeronave "não pode aterrissar em Urumqi devido a alguns problemas", que não foram esclarecidos.
A Kam Air foi criada em 2003 como a primeira companhia aérea comercial afegã. Tem seis aeronaves e 350 funcionários, segundo o seu site.
No início de julho, episódios de violência interétnica em Xinjiang deixaram 197 mortos, a maioria da etnia han, majoritária na China, em uma série de distúrbios protagonizados pela minoria muçulmana uigur.
Os uigures de Xinjiang denunciam a perseguição política e religiosa a que são submetidos pelas autoridades chinesas, que "libertaram pacificamente" essa região há 60 anos.