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UE e Anistia condenam sentença contra Nobel da Paz birmanesa

Agência France-Presse
postado em 11/08/2009 08:58
BRUXELAS - A União Europeia (UE) e a organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional (AI) condenaram nesta terça-feira (11/8) a sentença contra a prêmio Nobel da Paz e dissidente birmanesa Aung San Suu Kyi. [SAIBAMAIS]Suu Kyi foi condenada a três anos de prisão e trabalhos forçados por um tribunal de Mianmar nesta terça-feira, mas provavelmente temendo a reação da comunidade internacional a junta militar que governa o país reduziu a pena a 18 meses de prisão domiciliar. Suu Kyi, 64 anos, foi considerada culpada de ter transgredido as regras de sua prisão domiciliar pelo estranho incidente registrado em maio, quando recebeu em casa um americano, John Yettaw, que chegou a nado a sua residência, que fica à margem de um lago. A UE exigiu a libertação imediata de Suu Kyi e anunciou novas sanções contra o país asiático. "A União Europeia condena o veredicto contra Aung San Suu Kyi, dirigente da Liga Nacional pela Democracia e prêmio Nobel da Paz, e o julgamento injustificado a que foi submetida", afirma um comunicado da presidência sueca do bloco. "A UE pede com veemência às autoridades que a libertem imediata e incondicionalmente", completa a declaração. O bloco adverte ainda que responderá com novas sanções e que reforçará as medidas restritivas adotadas contra o regime de Mianmar. Já a Anistia Internacional considerou "vergonhosa" a condenação de Suu Kyi e também exigiu a libertação "imediata e sem condições". "A prisão, o julgamento e agora o veredicto não são mais que uma comédia política e judicial", afirmou a secretária-geral da AI, Irene Khan, antes de qualificar todo o processo de "vergonhoso". Suu Kyi passou 14 dos últimos 20 anos presa. Sem uma medida especial de clemência, a nova condenação a impedirá de participar nas eleições nacionais convocadas pela junta militar para 2010. Já Yettaw foi condenado a sete anos de prisão e trabalhos forçados. O americano de 54 anos foi sentenciado a três anos por ter infringido as leis de segurança, outros três anos por violações das leis de imigração e a um ano por ter nadado ilegalmente em um lago municipal de Yangun.

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