Agência France-Presse
postado em 11/08/2009 12:44
NOVA YORK - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, criticaram nesta terça-feira (11/8) a condenação da líder opositora Aung San Suu Kyi a 18 meses de prisão domiciliar em Mianmar. "O secretário-geral está muito decepcionado com o veredicto para Aung San Suu Kyi e critica profundamente esta decisão", afirma um comunicado da ONU.
Ban exigiu ao regime de fato de Mianmar a "libertação incondicional e imediata de Aung San Suu Kyi e que ela seja considerada sem demora uma parceira essencial no processo de diálogo e reconciliação nacional".
Um tribunal especial de Yangun condenou a Nobel da Paz de 1991 a três anos de prisão e trabalhos forçados, mas a junta militar reduziu a pena, por considerá-la culpada de ter violado as regras de sua prisão domiciliar ao receber em casa o americano John Yettaw, que chegou à residência, que fica à beira de um lago, nadando.
A secretária de Estado americana foi ainda mais incisiva. "Ele não deveria ter sido julgada nem condenada. Seguimos pedindo que seja liberada da prisão domiciliar", afirmou Hillary durante uma visita a Goma, leste da República Democrática do Congo (RDC, antigo Zaire), quarta etapa de sua primeira viagem africana desde que ocupa o cargo.
"Também pedimos a libertação de mais de 2 mil presos políticos, incluindo o americano John Yettaw. Nos preocupamos com a severa condenação imposta a ele, especialmente por seu estado de saúde", completou a chefe da diplomacia americana. Yettaw foi condenado a sete anos de prisão e trabalhos forçados.