Agência France-Presse
postado em 11/08/2009 16:26
O presidente americano, Barack Obama, fez um apelo nesta terça-feira pela libertação imediata e incondicional da líder opositora birmanesa Aung San Suu Kyi, afirmando que a prorrogação de sua prisão domiciliar é "injusta".
Obama também se declarou preocupado com o americano John Yettaw, condenado a sete anos de prisão pelo regime militar de Mianmar. Yettaw foi o estopim da nova sentença de Suu Kyi, depois de ter ido sem ser convidado à sua casa em Yangun, em maio.
"Me uno à comunidade internacional para pedir pela libertação imediata e incondicional de Aung San Suu Kyi", escreveu Obama em um comunicado oficial.
"A condenação e senteça de Daw Aung San Suu Kyi hoje (terça-feira), devido a acusações relacionadas a um intruso não convidado à sua casa, violam os princípios dos direitos humanos e vão contra os compromissos assumidos pela Birmânia na instância da Asean. Os Estados Unidos chamam Mianmar por seu nome antigo, Birmânia", afirmou o presidente americano.
"A decisão injusta de hoje (terça-feira) nos faz lembrar dos milhares de outros prisioneiros políticos na Birmânia que, como Aung San Suu Kyi, tiveram sua liberdade negada em consequência de sua busca por um governo que respeite a vontade, os direitos e as aspirações de todos os cidadãos birmaneses", acrescentou Obama.
"Eles também devem ser libertados. Suprimir ideias jamais funcionou para fazê-las desaparecer", destacou.
A justiça de Mianmar condenou Suu Kyi a três anos de trabalhos forçados e prisão, mas o presidente da junta militar, Than Shwe, assinou uma order especial comutando a pena e indicando que ela deve permanecer em prisão domiciliar por mais um ano e meio.