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Ex-mulher de noivo admite ter provocado incêndio em casamento no Kuwait

Agência France-Presse
postado em 17/08/2009 10:37
KUWAIT - A ex-mulher de um kuwaitiano cujo casamento foi marcado no sábado por um incêndio que deixou 43 mortos, admitiu ter provocado a tragédia, explicando que queria se vingar do ex-marido, informa a imprensa nesta segunda-feira (17/8). Um porta-voz do ministério do Interior anunciou à televisão estatal que "o autor do incêndio foi identificado e admitiu ter agido por motivos pessoais". O jornal Al-Qabas destacou que a mulher de 23 anos contou à polícia ter provocado o incêndio em uma das tendas onde estavam o convidados - mulheres e crianças - para se vingar dos "maus-tratos" infligidos pelo ex-marido. Citando fontes dos serviços de segurança não identificadas, o jornal frisa que uma empregada asiática da ex-mulher viu a patroa despejar gasolina na tenda antes de incendiar a mesma, e informou a polícia. Segundo a tradição, homens e mulheres não se misturam nas festas de casamento e outras comemorações. O chefe do corpo de bombeiros, o general Jassem Mansuri, disse que o balanço da tragédia subiu para 43 vítimas, com a morte de duas mulheres que sofreram queimaduras graves. Todas as vítimas eram mulheres e crianças, que morreram carbonizadas ou pisoteadas no movimento de pânico provocado pelo incêndio. Segundo Mansuri, 90 pessoas foram feridas no incêndio, que consumiu a tenda em poucos minutos e provocou a pior catástrofe da história moderna do emirado. A esposa nada sofreu, porque estava em um salão de beleza terminando a maquiagem quando o incêndio teve início. No domingo, o general Mansuri afirmou que a identificação das vítimas seria complicada, porque a maioria dos corpos estava carbonizada. Sete crianças estão entre as vítimas, segundo o último balanço. Cinco feridos estão em estado crítico. Especialistas da Alemanha e da Grã-Bretanha são esperados no Kuwait para ajudar no tratamento. O governo formou uma comissão de investigação. Vários deputados, como o opositor Daifallah Buramia, denunciaram a lentidão da chegada das equipes de socorro. O emir do Kuwait, xeque Sabah al-Ahmad al-Sabah, expressou suas condolências às famílias.

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