Agência France-Presse
postado em 17/08/2009 16:19
Onze pessoas morreram, 14 foram feridas e dezenas estão desaparecidas após um acidente, nesta segunda-feira, na maior central hidrelétrica da Rússia, que perturbou seriamente o abastecimento de energia da região.
O acidente aconteceu quando uma mudança súbita na pressão da água causou a ruptura de tubos que inundaram algumas partes da central de Sayano-Shushenskaya, na região da Khakasia, perto da fronteira com a Mongólia (cerca de 4.300 km a leste de Moscou).
O Kremlin afirmou, em uma declaração, que o acidente foi provocado por um "impacto hidráulico" não registrado, que atingiu três unidades da fábrica, paralisando toda a instalação.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, ordenou ao ministro das Situações de Emergência e ao de Energia, Sergei Shoigu e Sergei Shmatko, respectivamente, que se dirigissem pessoalmente para a fábrica, informou o Kremlin.
De acordo com o balanço mais recente pelas autoridades, "11 pessoas morreram, 14 foram feridas e mais de 50 estão desaparecidas", disse à agência Interfax.
Segundo Andreï Mitrofanov, engenheiro chefe da central, citado pela agência Itar-Tass, "aproximadamente 300 pessoas" estavam no território no momento do acidente.
Medvedev manifestou na noite desta segunda-feira suas condolências aos empregados da central. "Vamos cuidadosamente investigar as circunstâncias desta catástrofe e dar assistência necessária aos feridos", declarou, segundo o serviço de imprensa do Kremlin.
O acidente na fábrica afetou a produção de inúmeras empresas, que foram deixadas sem energia, tais como a UC Rusal, do bilionário Oleg Deripaska, maior produtor de alumínio da Rússia.
A reconstrução total da central "pode levar anos", disse por sua vez, o ministro russo de Situações de Emergência, citado pela agência Interfax. O Ministério dos Recursos Naturais afirmou ainda que está analisando o impacto ambiental do acidente na fábrica, pois uma mancha negra teria atingido cerca de cinco quilômetros ao longo do rio Yenisei, que fica nas proximidades.