postado em 19/08/2009 11:10
A disponibilidade de recursos é um ponto-chave para combater o aquecimento global, mas a maneira como será financiada a redução da emissão de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global ainda provoca impasses. Nas negociações internacionais, os países em desenvolvimento exigem que os ricos financiem o corte de emissões dos mais pobres. No entanto, o México propõe algo diferente: a criação de um Fundo Verde Mundial, com a contribuição tanto dos países desenvolvidos quanto dos emergentes.
A ideia é que países com maior Produto Interno Bruto (PIB) coloquem mais dinheiro no fundo. Para retirar recursos, a lógica é inversa: quanto mais pobre, mais recebe. "Será difícil definir metas em Copenhague, em dezembro, se não houver um acordo internacional sobre como a política climática será financiada", afirmou Enrique Lendo, chefe da área de relações internacionais da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais do México.
De acordo com ele, o fundo complementaria o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto. Pelo MDL, os países ricos podem comprar créditos de carbono de países pobres. O Fundo Verde Mundial funcionaria principalmente com recursos públicos. "Tivemos um retorno positivo de que a ideia é abrangente e inclusiva", disse Lendo. No fundo mexicano, o Brasil teria um ganho líquido (receberia mais recursos do que colocaria).