Israel exigiu neste domingo que a Suécia condene formalmente um artigo da imprensa considerado "antissemita". O caso que ameaça virar crise bilateral agravada pelo fato de Estocolmo exercer a presidência semestral da União Europeia (UE).
"Não estamos pedindo que o governo sueco se desculpe, queremos dele uma condenação", declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante o Conselho de Ministros, segundo uma fonte oficial.
Um artigo recente do tablóide sueco Aftonbladet, afirmou que o exército israelense teria encoberto um esquema de tráfico de órgãos extraídos de palestinos mortos, e deixou as autoridades israelenses irritadas.
Neste domingo, o jornal retomou o assunto, mencionando o caso de um palestino da Cisjordânia morto em 1992 cuja família suspeita que o exército israelense tenha roubado seus órgãos.
O Aftonbladet não aponta nenhuma prova, mas o chefe de redação explica ter autorizado a publicação da matéria neste caso porque "levanta uma série de questões pertinentes".
"A crise vai continuar até que o governo sueco mude sua atitude a respeito deste artigo antissemita. Quem não o condenar certamente não será bem-vindo em Israel", declarou o ministro israelense das Finanças, Yuval Steinitz.