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Al-Qaeda no Iraque reivindica atentados que deixaram quase 100 mortos em Bagdá

Agência France-Presse
postado em 25/08/2009 10:29
DUBAI - A organização Estado Islâmico do Iraque, facção iraquiana da rede Al-Qaeda, reivindicou os recentes atentados que deixaram quase 100 mortos em Bagdá, em um comunicado divulgado nesta terça-feira (25/8) em um site islamita. "Com a graça de Deus, os filhos do Estado Islâmico lançaram um novo ataque contra o coração ferido de Bagdá para destruir os redutos da infidelidade e os cidadãos do ateísmo do governo safavida (xiita) apóstata", afirma o comunicado. Uma série de atentados devastadores em Bagdá deixou pelo menos 95 mortos e centenas de feridos na quarta-feira passada, no dia mais sangrento na capital iraquiana desde que as tropas americanas se retiraram das cidades do país no fim de junho. Os ministérios do Interior e da Defesa confirmaram um balanço de 95 mortos e quase 600 feridos nos ataques, incluindo dois com caminhões-bomba no coração da cidade, perto dos prédios dos ministérios das Relações Exteriores e das Finanças. O primeiro caminhão-bomba explodiu diante da sede da chancelaria, a poucos metros da entrada da "zona verde", setor ultraprotegido onde se encontram vários ministérios e embaixadas, incluindo a dos Estados Unidos, além da sede do governo iraquiano. O segundo caminhão-bomba explodiu debaixo da ponte de uma avenida que liga as zonas norte e sul da capital iraquiana. O ministério das Finanças, que fica na região do ataque, foi atingido em cheio e os 200 funcionários que estavam no edifício foram feridos ou mortos. As autoridades atribuíram no mesmo dia os ataques a membros do partido Baath e a grupos de extremistas. Os atentados aconteceram no sexto aniversário do ataque com um caminhão-bomba contra o prédio da ONU em Bagdá, que matou o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, enviado especial do então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e outras 21 pessoas. Apesar da considerável redução da violência nos últimos meses, os atentados contra as forças de segurança e os civis continuam frequentes em Bagdá, Mossul e na cidade de Kirkuk, dividida etnicamente e muito rica em recursos petroleiros.

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