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Síria também chama seu embaixador no Iraque em resposta à decisão de Bagdá

Agência France-Presse
postado em 25/08/2009 12:23
DAMASCO - A Síria chamou nesta terça-feira (25/8) para consultas seu embaixador no Iraque em resposta à decisão de Bagdá de convocar seu diplomata em Damasco por causa dos atentados de semana passada na capital iraquiana, anunciou o ministério sírio das Relações Exteriores. [SAIBAMAIS]"Em resposta ao chamado para consultas do embaixador iraquiano em Damasco por parte do governo do Iraque, a Síria decidiu chamar seu embaixador em Bagdá", afirma o comunicado. "A Síria rejeita categoricamente as declarações do porta-voz do governo iraquiano sobre os violentos atentados em Bagdá na quarta-feira passada. A Síria denunciou energicamente este ato terrorista que causou vítimas entre o povo iraquiano", afirma o comunicado. Além de chamar seu embaixador na Síria, o Iraque pediu a extradição de dois iraquianos suspeitos de serem os autores intelectuais do duplo atentado de quarta-feira passada em Bagdá que deixou 95 mortos, informou um porta-voz do governo iraquiano. "O Conselho de Ministros pediu à Síria a extradição de Mohammad Yunes al Ahmad e de Satam Farhan por seu papel direto nas operações terroristas e decidiu chamar para consultas seu embaixador em Damasco", afirmou o porta-voz Ali al Dabagh. Uma série de atentados devastadores em Bagdá deixou pelo menos 95 mortos e centenas de feridos na quarta-feira passada, no dia mais sangrento na capital iraquiana desde que as tropas americanas se retiraram das cidades do país no fim de junho. Os ministérios do Interior e da Defesa confirmaram um balanço de 95 mortos e quase 600 feridos nos ataques, incluindo dois com caminhões-bomba no coração da cidade, perto dos prédios dos ministérios das Relações Exteriores e das Finanças. A organização Estado Islâmico do Iraque, facção iraquiana da rede Al-Qaeda, reivindicou esses atentados. "Com a graça de Deus, os filhos do Estado Islâmico lançaram um novo ataque contra o coração ferido de Bagdá para destruir os redutos da infidelidade e os cidadãos do ateísmo do governo safavida (xiita) apóstata", afirma o comunicado divulgado nesta terça em um site islamita.

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