Agência France-Presse
postado em 25/08/2009 17:57
Mais da metade das pessoas mortas pela gripe H1N1 tinham entre 20 e 49 anos, com idade média de 37 anos, segundo uma análise das mortes confirmadas no mundo em meados de julho, divulgada por especialistas da revista Eurosurveillance.
Na metade dos casos de morte em todas as idades, nenhuma doença subjacente foi detectada.
A gravidez e os problemas de metabolismo, como diabetes e obesidade, são citados como "fatores de risco particularmente importantes" por Philippe Barboza e seus colegas do Instituto francês de Bigilância Danitária (InVS) nessa revista do Centro Europeu para a Prevenção e o Controle de Doenças (ECDC), com sede em Estocolmo.
Pelo menos 49% dos casos fatais apresentavam uma outra patologia, frequentemente doenças que também precipitam a morte em casos de gripe sazonal, segundo os pesquisadores que analisaram detalhadamente 574 das 684 mortes confirmadas até 16 de julho, ou seja, nas dez semanas depois do primeiro alerta internacional para o novo vírus H1N1.
Das pessoas que morreram, 51% tinham entre 20 e 49 anos. Dezesseis mortes foram registradas entre grávidas, sendo pelo menos oito envolvendo outros fatores de risco (obesidade, doenças cardíacas ou respiratórias, como a asma ou a tuberculose).
Entre os casos de morte, 12% estavam relacionados a crianças de 0 a 9 anos e 10% envolveram jovens de 10 a 19 anos.
Mais de um quarto (27%) das crianças mortas não tinham doenças subjacentes, assim como nos 22% de pessoas entre 20 e 29 anos, ressaltam os autores.
Os casos de morte envolvendo pessoas com mais de 60 anos chegam a 12%. Nessa faixa de idade, 60% das mortes envolveram pessoas com doenças cardíacas ou respiratórias.
"As pessoas idosas parecem estar de certa forma protegidas da infecção, talvez por causa de uma exposição anterior a cepas virais próximas" do novo H1N1, indicam os pesquisadores. "Entretanto, a porcentagem das mortes entre os idosos infectados parece ser mais elevada" do que em outras faixas etárias.