Agência France-Presse
postado em 26/08/2009 17:51
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) condenou nesta quarta-feira uma série de atos de intimidação e agressão contra diretores do jornal argentino Clarín, e pediu às autoridades que esclareçam os fatos.
Instalações do Clarín na cidade de Rosário, 300 km ao norte de Buenos Aires, foram alvo na segunda-feira passada de um ataque de desconhecidos, que quebraram máquinas e apagaram arquivos, mas não roubaram nada, destacou a SIP.
[SAIBAMAIS]Executivos do jornal têm denunciado sucessivas inspeções da Administração Federal de Rendas (AFIP) contra as empresas ligadas ao Grupo Clarín, incluindo a Torneos y Competencias (TyC), Televisión Satelital Codificada (TSC) e Telerred Imagen Sociedad Anónima (TRISA).
As ações podem estar ligadas à polêmica em torno da transmissão das partidas de futebol pela TV, decorrente de um acordo entre a Associação do Futebol Argentino (AFA) e o governo de Cristina Kirchner, que acabou com um contrato anterior entre a AFA e a TyC.
O gerente de Assuntos Públicos do Grupo Clarín, Pablo Casey, foi alvo de ameaças e indivíduos suspeitos vigiaram durante três dias a casa do diretor de Relações Externas do jornal, Jorge Rendo.
O presidente da SIP, Enrique Santos Calderón, disse que "as ações contra o Clarín não parecem algo casual, mas sim uma manobra dirigida para intimidar o jornal".