Agência France-Presse
postado em 26/08/2009 18:34
Após a morte de Ted Kennedy, os democratas perderam uma voz e um voto valiosos no Senado dos Estados Unidos e sua substituição será fundamental para o atual debate sobre a reforma do sistema de saúde.
Conforme a legislação vigente em Massachusetts, que o legislador buscou em vão mudar antes de morrer, o sucessor de Kennedy deverá ser designado por uma eleição especial, no prazo de cinco meses.
[SAIBAMAIS]"O sonho de Kennedy de um sistema de saúde para todos os americanos se tornará realidade este ano, graças a sua liderança e sua inspiração", prometeu a presidente democrata da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi.
Kennedy, que morreu nesta terça-feira, aos 77 anos, de câncer no cérebro, havia pedido ao Estado de Massachusetts que tomasse providências para substituir rapidamente a vacância no Senado.
Em uma carta escrita no mês passado ao governador e aos legisladores deste Estado, Kennedy solicitou a modificação da lei para que seu sucessor pudesse seguir rapidamente para Washington.
"Este é um tema que me preocupa muito - escreveu Edward Kennedy na carta enviada há uma semana -, a continuidade da representação de Massachusetts no caso de vacância no Senado".
A lei atual, recordou o senador, prevê a organização de eleições especiais para designar o novo legislador, no prazo de 145 a 160 dias.
O Senado em Washington é atualmente cenário de uma dura batalha política em torno do projeto de reforma do sistema de saúde, proposto pelo presidente Barack Obama e do qual Kennedy era um firme defensor.
Os democratas precisam de ao menos 60 dos 100 votos do Senado para superar os obstáculos legislativos passíveis de bloquear a reforma.