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Prefeito francês acusado de racismo critica ministro de Sarkozy

Agência France-Presse
postado em 27/08/2009 09:15
PARIS - Um prefeito francês, suspenso por declarações racistas, afirmou ser vítima de um caso orquestrado pelo ministro do Interior, Bruce Hortefeux, ligado ao presidente Nicolas Sarkozy, para obter uma imagem de antirracista. "Sou vítima de uma conspiração e quero denunciar", afirmou Paul Girot de Langlade, em entrevista ao jornal Le Parisien. "Não sou racista, afirmo alto e forte. Servi em Wallis-et-Futuna, em Guadalupe (territórios de ultramar franceses), entre 2004 e 2006, e (ilha da) Reunion", disse. O alto funcionário é objeto de uma investigação judicial por "ofensas públicas com caráter racial", após uma ação apresentada por uma funcionária da segurança do aeroporto parisiense de Orly. Exasperado com um controle de segurança, ele teria, segundo uma fonte judicial, declarado: "Isto parece a África. Aqui só há negros". Ele afirma que os agentes foram agressivos desde o início. "Não disse nada sobre a cor da pele dos agentes. Simplesmente declarei que 'com tal gestão, isto parecia a África'. A cena foi filmada pelas câmeras. A gravação confirma minha versão", declarou. Com o início da investigação judicial, o ministro do Interior, Brice Hortefeux, tomou a decisão, pouco comum, de suspender o prefeito. "Este caso, que originalmente não foi mais que um incidente banal, foi orquestrado pelo atual ministro do Interior, provavelmente para fazer esquecer sua passagem pelo ministério da Integração, no qual realizou uma política mais severa, e recuperar ao meu custo uma virgindade de perfeito antirracista", acusa Paul Girot de Landglade.

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