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Provável guerra pela sucessão dos Kennedy no Senado

Agência France-Presse
postado em 27/08/2009 17:22
As especulações sobre a sucessão no Senado norte-americano de Ted Kennedy começaram nesta semana e vários nomes são cogitados para preencher a vaga deixada por Ted, falecido na terça-feira aos 77 anos, e que havia herdado após a chegada de seu irmão, John, à Casa Branca. A cadeira do senador por Massachusetts (nordeste) vai ser alvo de uma "enorme batalha entre os democratas", assegura EJ Dionne Jr, um especialista do grupo de reflexão Brookings Institution. "Não há um successor em evidência (...) e este é um estado repleto de democratas ambiciosos", resume. Entre os nomes citados está o de Joe Kennedy, filho de Robert Kennedy e ex-membro do Congresso (1987-1999). Mas esse sobrinho de Ted não faz parte de projeto algum. A viúva de Ted, Victoria, também é citada, mas não estaria interessada, segundo a imprensa norte-americana. Norman Ornstein, analista político do American Enterprise Institute, descarta todas as especulações afirmando que, para ela, "não há um Kennedy com a força de John, ou Bobby, ou Ted". "Não é que não haja um Kennedy. Ninguém pode substituir Kennedy no Senado", segundo ela. Há outros nomes cogitados. Stephen Lynch, Michael Capuano e Ed Markey, todos os três políticos de Massachusetts na Câmara dos Representantes, não se pronunciaram, mas estão entre os nomes citados. "Não é hora para especulações políticas", afirmou à AFP Daniel Reilly, porta-voz de Markey. Martin Meehan, ex-membro do Congresso, também está na lista. Sua candidatura se apoia em recursos de campanha de 4,9 milhões de dólarse, segundo a imprensa norte-americana. A ministra da Justiça de Massachusetts, Martha Coakley, seria a única mulher a se lançar na disputa. Além disso, há um debate a respeito do prazo no qual a sucessão poderia ocorrer. O governador de Massachusetts, Deval Patrick, declarou em uma entrevista na quinta-feira que estava prestes a nomear rapidamente um sucessor provisório. A legislação atual desse Estado prevê uma eleição para de 140 a 160 dias após o posto ser deixado vago. O momento é crucial, já que a maioria democrata e o governo Obama desejam que a reforma do sistema de saúde seja aprovada no outono. Alguns dias antes de sua morte, o senador Kennedy havia pedido uma modificação nas regras em vigor para que sua cadeira fosse ocupada. Para retomar a luta de Ted Kennedy na batalha pela reforma do sistema de saúde no Senado, o senador Chris Dodd é citado como seu possível sucessor na Presidência da Comissão de Saúde.

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