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Coreias voltam a autorizar visitas familiares

Agência France-Presse
postado em 28/08/2009 08:42
SEUL - Coreia do Norte e Coreia do Sul decidiram nesta sexta-feira (28/8) autorizar novamente as famílias separadas a se visitarem, anunciou a agência sul-coreana Yonhap, em um novo sinal de abrandamento nas relações entre os dois países. Os encontros familiares, os primeiros em dois anos, serão realizados de 26 de setembro a 1º de outubro, sob os auspícios da Cruz Vermelha, indicaram os dois países em um comunicado, no terceiro dia das negociações intercoreanas. A Coreia do Norte havia aceitado, em 17 de agosto, a retomada das viagens entre as duas Coreias, o abrandamento dos controles na fronteira com a Coreia do Sul e o aumento do número de encontros familiares. Várias famílias foram separadas em 1945, durante a divisão da península em dois Estados, depois da Guerra da Coreia (1950-53). As duas Coreias concordaram em selecionar 100 pessoas dos dois lados da fronteira para autorizá-las a rever suas famílias. Os reencontros de famílias coreanas passaram a ocorrer regularmente no Monte Kumgang, logo ao norte da fronteira, depois de uma reunião histórica realizada em 2000 que lançou um processo de reaproximação entre os dois países, que se mantêm teoricamente em guerra devido à ausência de um tratado de paz assinado após o fim das hostilidades em 1953. Desde então, mais de 16 mil coreanos participaram desses encontros e 3.200 se reuniram em videoconferências. A Coreia do Norte mostra, há algum tempo, sinais de relaxamento em sua postura agressiva. Emissários norte-corenos também enviaram uma mensagem de áudio de seu líder Kim Jong-il ao presidente sul-coreano Lee Myung-bak durante uma reunião excepcional realizada no domingo em Seul, aumentando a esperança de uma distensão entre as duas Coreias. A delegação norte-coreana enviou uma mensagem "dedicada aos progressos nas relações intercoreanas", declarou Lee Dong-kwan, porta-voz do presidente sul-coreano. A Coreia do Norte também tenta relaxar as relações com os Estados Unidos e se empenha em favor de negociações bilaterais com Washington após meses de tensão nos quais o país comunista efetuou um teste nuclear e lançamentos de mísseis, impedidno negociações.

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