Agência France-Presse
postado em 28/08/2009 09:02
PESHAWAR - Um porta-voz dos talibãs ligados à Al-Qaeda declarou nesta sexta-feira (28/8) que o atentado suicida da véspera no noroeste do Paquistão marca as primeiras represálias pelo míssil americano que matou seu líder em agosto.
Na noite de quinta-feira, um kamikaze explodiu a bomba que carregava contra um quartel da polícia em Torkham, cidade na fronteira com o Afeganistão, no distrito tribal de Jiber, matando 22 deles.
No mesmo dia, o número dois da Al-Qaeda, Ayman al Zawahiri, pediu novamente aos paquistaneses que apoiassem os insurgentes islamitas que combatem os "cruzados" americanos no noroeste, informou o centro americano de vigilância dos sites islamitas, Site. "Reivindicamos o atentado de quinta-feira em Torkham", declarou Azam Tariq, porta-voz do Movimento dos talibãs do Paquistão, em uma entrevista por telefone de local desconhecido.
"Esta é nossa primeira resposta após a morte de nosso líder Baitullah Mehsud e vamos continuar cometendo ataques deste tipo", disse, acrescentando que os mortos eram policiais membros das forças paquistanesas que apoiam os Estados Unidos. "Todas as pessoas que apoiam os EUA são nossos inimigos", declarou.
Mais de 2 mil pessoas foram mortas nos últimos anos no Paquistão pelos camicases do Movimento dos Talibãs do Paquistão, criado por Baitullah Mehsud em 2007 e que se ligou rapidamente à Al-Qaeda.