Mundo

Cárcere de Jaycee Lee Dugard era uma montanha de lixo

Agência France-Presse
postado em 31/08/2009 18:11
SÃO FRANCISCO - Montanhas de lixo, pilhas de roupas espalhadas por carpetes sujos, um aquário imundo e uma coleção de estátuas de gatos e globos de neve: uma série de fotografias revelou ao mundo como Jaycee Lee Dugard vivia sequestrada com as filhas que teve com seu raptor, Phillip Garrido. As imagens foram feitas pelo fotógrafo britânico Nick Stern, que conseguiu entrar escondido no labirinto imundo de barracas e lonas onde Jaycee, que reapareceu na semana passada após 18 anos desaparecida, era mantida. Fanático religioso e estuprador condenado, Garrido, 58, é acusado de raptar Dugard quando ela tinha 11 anos de idade, em 1991, de mantê-la em cárcere privado e estuprá-la - ao que tudo indica, teve com ela duas filhas. Segundo a polícia, Garrido construiu "um quintal dentro do quintal", escondido por uma cerca de madeira de 2,5 metros e densa vegetação. Lá, Dugard morava com as duas filhas, que hoje estão com 11 e 15 anos. As fotos mostram um mundo caótico. Numa das barracas, duas cômodas em péssimo estado sobre carpetes sujos, adornadas com um pequeno abajur e pequenos objetos. Em outra, almofadas, roupas e caixas de papelão estão amontoadas em um canto. Um macaco de pelúcia está sentado sobre uma pilha de cobertores e travesseiros em outra foto. Uma estante abriga uma coleção de estátuas de gatos e bijuterias em meio a livros como "O gato que foi a Paris" e "Gatos pensam?". Embaixo da estante, uma caixa aberta de quebra-cabeças de 1.000 peças cuja imagem são gatos, enquanto uma edição da revista "Cat Fancy" aparece em cima de um cesto. Uma caixa está cheia de revistas e livros. Uma montagem fotográfica desbotada mostra um homem cantando e tocando guitarra - possivelmente, o próprio Garrido. Em outra foto, um aquário de peixes cheio de água verde, ao lado de uma caixa de lápis de cor. Em outra estante de madeira, livros best-seller de suspense e de ficção científica de autores como Dean Koontz e Isaac Asimov. Outra imagem mostra roupas e objetos espalhados pelo chão, entre eles uma boneca sem cabeça. Uma das fotografias mostra o interior do que parece ser uma barraca de ferro, com um colchão encostado contra uma das paredes. Perto dele, um serrote grande está pendurado ao lado de uma corrente no teto.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação