Agência France-Presse
postado em 02/09/2009 15:39
Cavalos, chimpanzés, avestruzes, porcos, javalis: centenas de animais foram obrigados a deixar as áreas ameaçadas pelo incêndio que se estende às portas de Los Angeles e as autoridades temem que em breve não tenham mais onde se abrigar.
As reservas de animais e centros equestres estavam na trajetória do incêndio que consumiu em seis dias mais de 50.000 hectares de florestas nas montanhas que cercam a cidade.
As autoridades da Prefeitura de Los Angeles (Califórnia, oeste) temiam a falta de locais adequados para abrigar os cavalos retirados do caminho do fogo.
"A frente é tão grande que os animais tiveram que ser evacuados de áreas muito grandes", disse Hugh Briefman, que trabalha para a Prefeitura de Los Angeles e que supervisionou a evacuação de 600 cavalos desde que o fogo atingiu a floresta nacional.
Na terça-feira, o centro equestre de Los Angeles, situado próximo aos estúdios Walt Disney, em Burbank, recebia cavalos evacuados em 330 de seus 470 boxes.
Segundo Briefman, se o incêndio se estender para outras áreas onde se encontram cavalos, não haverá abrigos suficientes para eles. "O fogo está por todos os lados. Estamos procurando locais para abrigá-los", disse.
A reserva de animais Wildlife Waystation, situada próxima à frente do incêndio, foi o cenário de uma grande operação de transferência de 21 chimpanzés para o zoológico de Los Angeles na segunda-feira.
"Oito pessoas trabalharam até o cair da noite" nessa operação, indicou o porta-voz do zoológico, Jason Jacobs.
Nenhum animal morreu ou ficou gravemente ferido desde o início do incêndio, informou Briefman.
Briefman trabalhou durante 26 horas para retirar os animais da reserva Wildlife Waystation. "Retiramos lhamas, avestruzes, carneiros, porcos e javalis selvagens", disse.
As equipes também tiveram que encontrar abrigos para 18 gatos, 23 cães, três pássaros, duas cabras, um hamster e uma tartaruga.
Nesta quarta-feira, os bombeiros californianos ainda lutavam contra as chamas, apesar das condições mais brandas. A previsão é de que ainda sejam necessárias semanas antes que o fogo possa ser controlado.