Agência France-Presse
postado em 04/09/2009 17:23
Centenas de pessoas se concentraram em Caracas na tarde desta sexta-feira para mostrar repulsa às políticas do presidente Hugo Chávez que, segundo eles "empobrecem", "dividem" "manipulam" os venezuelanos; a manifestação foi celebrada em diversas cidades do mundo.
"Chavez não quer gerar bem-estar mas oprimir e empobrecer o povo, levar a Venezuela ao confronto, prender os que se opõem, ideologizar a juventude. Usa o nome de nosso libertador, Simón Bolívar, como desculpa para sua revolução, manipulando seu legado histórico", disseram os manifestantes num documento lido na ocasião, numa avenida do leste de Caracas.
Vestidos de branco, levando bandeiras venezuelanas e conclamando "Não mais Chávez", os venezuelanos denunciaram o "desperdício" dos recursos do país, a "intransigência" do presidente e sua "intromissão" em assuntos de outros países.
"Esta é a maneira de demonstrar nossa rejeição às políticas interna e externa do presidente Chávez, para mostrar que queremos uma Venezuela diferente, livre e soberana", declarou Héctor Castillo, professor universitário.
Os organizadores da "marcha mundial" contra o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, convocada para esta sexta-feira, estimam que o protesto será realizado em 100 cidades de 30 países.
O grupo "Marcha Mundial contra Chávez em 4 de Setembro" criado pelo colombiano Alejandro Gutiérrez, um economista e empresário de 28 anos, teve, em 10 dias, 342.538 adesões no site de relacionamento Facebook.
Ao mesmo tempo, grupos de simpatizantes do presidente venezuelano anunciaram eventos para apoiá-lo em 50 países.
Em poucos dias, numerosos grupos contrários a Chávez, criados através da internet em diferentes partes do mundo fizeram circular a informação.
De Caracas a Sydney, passando por Nova York e algumas capitais europeias, serão realizadas manifestações.