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Do Marco Zero à Casa Branca, os EUA recordam atentados de 11 de setembro

Agência France-Presse
postado em 11/09/2009 14:47
Os habitantes de Nova York recordaram nesta sexta-feira (11/09) o oitavo aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001, que deixaram quase 3 mil mortos, enquanto Barack Obama prestou em Washington sua primeira homenagem às vítimas como presidente dos Estados Unidos. [SAIBAMAIS]Às 08h46, a hora exata em que o primeiro avião sequestrado pelos terroristas se chocou contra uma das duas torres do World Trade Center em Nova York, Obama observou, junto com sua esposa Michelle, um minuto de silêncio no jardim da Casa Branca. Na mesma hora, muitos americanos desafiavam a chuva e o céu cinzento para se reunir no Marco Zero, ao sul da ilha de Manhattan, na presença do vice-presidente Joe Biden e de vários bombeiros e policiais. Autoridades e policiais fazem homenagem às vítimas no Quase 3 mil pessoas, sendo 2.752 em Nova York, morreram no dia 11 de setembro de 2001 em decorrência dos atentados cometidos pela rede Al-Qaeda, que levaram o ex-presidente George W. Bush a invadir o Iraque e o Afeganistão e declarar a "guerra ao terrorismo". "Os atos de abnegação dos voluntários que intervireram e dos 343 bombeiros mortos no desabamento das torres estão gravados na história da nossa cidade", declarou o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Enquanto, em Nova York, parentes de vítimas citavam os nomes de seus entes queridos mortos nos atentados, o presidente americano se deslocava ao Pentágono, onde um Boeing da American Airlines lançado sobre o edifício que abriga o ministério da Defesa matou 184 pessoas no dia 11 de setembro de 2001. No local de orações inaugurado por Bush no ano passado, Obama garantiu às famílias de vítimas que os Estados Unidos "nunca vão fraquejar na perseguição à Al-Qaeda". O presidente também ressaltou a imensidão do sofrimento provocado pelos ataques. "Os anos que passam não podem diminuir a dor; o tempo que passa, o céu negro, nunca conseguirá amenizar o significado deste instante", afirmou. Daniel Jackson, 45 anos, que perdeu seu sogro nos atentados, disse que estava "furioso" quando a tragédia aconteceu. "Mas, oito anos depois, me acalmei", ponderou. Ele lamentou, porém, que os responsáveis pelos atentados ainda não tenham sido julgados. "Isso me deixa maluco", revelou. Em sinal da tensão, sempre viva, que toma conta dos americanos no dia 11 de setembro, a rede CNN anunciou que tiros foram disparados pela polícia perto do Pentágono quando op presidente estava lá. Porém, minutos depois, a TV ressaltou que se tratava apenas de um exercício. Em Moscou, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, expressou suas condolências e disse que o 11 de setembro "serve para nos lembrar da necessidade de esquecer nossas diferenças quando se trata de lutar contra a ameaça terrorista".

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