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China não detecta substância nociva em seringas de ataques

Agência France-Presse
postado em 14/09/2009 10:21
As análises em 250 vítimas dos ataques com seringas em Xinjiang, região muçulmana do noroeste da China, não revelaram nenhum rastro de substância tóxica.

[SAIBAMAIS]As equipes envolvidas nos exames não detectaram veneno, rastros de radioatividade ou vírus, imforma a agência oficial Xinhua (Nova China), dois dias depois da condenação a até 15 anos de prisão de três pessoas acusadas de participação nos ataques.

No entanto, algumas vítimas sofrem de ansiedade e depressão. Elas precisam de ajuda psicológica, completou a agência oficial.

As autoridades chinesas responsabilizaram os separatistas muçulmanos pelos ataques, mas não revelaram informações precisas sobre as acusações.

No primeiro julgamento de sábado, Yilipan Yilihamu, estudante de 19 anos, foi declarado culpado por um tribunal da capital da região autônoma de Xinjiang de "agressão com uma substância perigosa".

O acusado, condenado a 15 anos de prisão, teria usado a seringa na nádega de uma mulher em um mercado da cidade em 28 de agosto passado e foi detido pela polícia duas horas depois.

No segundo julgamento realizado, Mututaerjiang Tuerdi, de 34 anos, e Aimanisha Guli, uma mulher de 22 anos, também foram condenados respectivamente a 10 e sete anos de prisão.

Os dois ameaçaram com uma seringa em 29 de agosto um taxista e roubaram 710 iyuanes (104 dólares), segundo a televisão oficial CCTV, que transmitiu imagens dos acusados cabisbaixos.

A imprensa estrangeira não foi convidada para assistir o julgamento. Algumas vítimas interrogadas acreditam que os agressores usam seringas em seus ataques porque estas são mais fáceis de transportar do que pedaços de pau ou armas, num momento em que a segurança foi consideravelmente reforçada depois dos distúrbios de julho.

Xinjiang é uma região montanhosa e desértica do noroeste da China com quase 20 milhões de habitantes, dos quais 8,3 milhões são uigures, muçulmanos de língua turca, alguns acusados por Pequim de liderar uma luta separatista.

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