Agência France-Presse
postado em 17/09/2009 12:09
O presidente Barack Obama revelou nesta quinta-feira (17/09) um novo enfoque para a defesa antimísseis na Europa, ao advertir que o programa balístico continua sendo uma ameaça.
[SAIBAMAIS]"A melhor maneira de garantir nossa segurança e a segurança de nossos aliados de forma responsável é implantar um sistema de defesa antimísseis que responda melhor às ameaças que enfrentamos e que utilize tecnologias aperfeiçoadas pela qual pagaraemos um preço justo", afirmou em uma declaração na Casa Branca.
"Falando mais simplesmente, nossa nova arquitetura de defesa de mísseis na Europa proporcionará uma defesa mais forte, inteligente e rápida para as forças americanas e os aliados dos Estados Unidos", assegurou Obama
Obama fez esta declaração depois de anunciar que os Estados Unidos decidiram abandonar seu projeto de instalar um escudo antimísseis na Europa.
Obama explicou que a revisão desse projeto foi decidida depois de vários meses de exame de sua administração e se justifica por duas razões: uma atualização da ameaça balística iraniana e os progressos obtidos pelos Estados Unidos no domínio das tecnologias antimísseis, em particular na interceptação terra-ar e de radares.
"Esse novo programa de defesa antimíssil é melhor para enfrentar a ameaça do programa de defesa balística iraniano", acrescentou.
A informação da desistência americana quanto ao escudo antimísseis na Europa havia sido adiantada pelo primeiro-ministro tcheco, Jan Fischer.
"O presidente americano Barack Obama me ligou depois da meia-noite para dizer que seu governo abandonou a intenção de construir uma base de radar no território tcheco", declarou.
"A República Tcheca toma nota da decisão", completou Fischer.
Uma delegação dos Estados Unidos já se reuniu nesta quinta-feira com autoridades polonesas para abordar o assunto. Os participantes no encontro não fizeram comentários.
Em 2008, Varsóvia e Washington chegaram a um acordo sobre a instalação, até 2013, de 10 interceptores de mísseis balísticos de longo alcance, que seriam completados com um potente radar na República Tcheca.
O presidente Barack Obama havia determinado uma nova análise do projeto do antecessor, George W. Bush, oficialmente destinado segundo Washington a conter as ameaças procedentes de países como o Irã, enquanto a Rússia o considerava um risco para sua própria segurança.