Mundo

Presidente chinês destaca "novos problemas" no desenvolvimento do país

Agência France-Presse
postado em 20/09/2009 12:16
O presidente chinês, Hu Jintao, afirmou neste domingo que seu país está enfrentando "uma série de novos problemas" em seu processo de desenvolvimento, como a manutenção da estabilidade social. Em discurso pronunciado dez dias antes do 60º anivversário da proclamação da República Popular da China, Hu Jintao também disse que a democracia de tipo ocidental não é uma opção para o gigante asiático. O Partido Comunista está diante de "uma tarefa difícil, que consiste em preservar e melhorar o nível de vida da população e manter a estabilidade social", declarou o presidente, em discurso publicado pelo site oficial china-com.cn. Hu Jintao também destacou a "dura tarefa, ainda dificultada pelo impacto da crise financeira internacional, de manter um crescimento econômico rápido e estável". Ele também conclamou os membros do Comitê Central a promover a unidade nacional. "Vocês têm de ajudar o partido e o governo a cumprir suas missões nos âmbitos étnico e religioso, a promover a unidade nacional, a harmonia religiosa e a estabilidade social", declarou, ressaltando que a China não deve "de nenhuma forma imitar o sistema político ocidental". A festa nacional de 1 de outubro, que será marcada por um imponente desfile militar, acontecerá dois meses e meio depois dos tumultos que deixaram cerca de 200 mortos (segundo fontes oficiais) na província muçulmana de Xinjiang, no noroeste do país. O Comitê Central do Partido Comunista se declarou esta semana determinado em "impedir de forma eficiente e esmagar com firmeza as atividades separatistas ligadas às questões étnicas", informou sexta-feira a agência Nova China. O partido pretende lançar uma campanha "educativa, de massa e em profundidade sobre a unidade étnica" no país, que tem 56 comunidades étnicas diferentes mas onde os hans são majoritários, destacou a agência. Os preparativos da festa de 1 de outubro acontecem em meio a um esquema de segurança reforçado, tanto em Pequim como nas províncias em volta da capital. Segundo as autoridades, o esquema de segurança será ainda mais importante que o dos Jogos Olímpicos de 2008.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação