Agência France-Presse
postado em 21/09/2009 09:16
O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, declarou nesta segunda-feira estar "orgulhoso" de ter provocado reações de indignação e de revolta na comunidade internacional por negar a realidade do Holocausto.
"A revolta dos assassinos profissionais é um orgulho para nós", declarou Ahmadinejad, segundo a agência oficial Irna, em una aparente referência a Israel e a alguns países ocidentais.
[SAIBAMAIS]Na sexta-feira, em um discurso durante o dia de solidaridade aos palestinos, o presidente iraniano chamou de "mito" o genocídio dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
"A própria existência deste regime é um insulto à dignidade dos povos", afirmou, em referência a Israel, inimigo do Irã.
"Eles (os ocidentais) criaram o mito do Holocausto. Mentem, fazem seu número e depois apóiam os judeus. Se o Holocausto é uma realidade, por quê então não autorizar um estudo?", questionou.
Os países ocidentais condenaram as declarações.
O presidente iraniano já negou em várias ocasiões o tamanho e até mesmo a realidade do extermínido de judeus pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
O Irã não reconhece a existência de Israel e Ahmadinejad previu em várias oportunidades nos últimos anos o fim do Estado hebreu. Em 2005 afirmou que Israel deveria ser "apagado do mapa".
No domingo, o guia supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, falou do "câncer sionista" que "corrói o mundo islâmico".