Agência France-Presse
postado em 21/09/2009 17:48
Os homens acusados organizar os atentados de 11 de setembro de 2001 se negaram nesta segunda-feira a comparecer a uma audiência em Guantánamo.
Khaled Sheikh Mohammed, o cérebro dos atentados, Walid ben Attash e Ali Abdul Aziz Ali, que podem ser condenados à morte, se recusaram a sair de suas celas para assistir a uma audiência diante de um tribunal militar de exceção em Guantánamo.
Menos de uma hora antes de iniciar os debates, o juiz militar Stephen Henley aceitou, a pedido do governo, pronunciar a terceira suspensão dos procedimentos judiciários na base naval americana desde a chegada de Obama à Casa Branca por 60 dias suplementares.
Depois deste prazo, o governo deverá anunciar se transmite o processo dos cinco acusados do 11/9 a um tribunal comum ou a um tribunal militar de exceção. A expectativa do governo americano é que o Congresso aprove antes do fim do prazo a modificação das regras que regem os tribunais de exceção para torná-los mais justos.
Nesta segunda-feira, o juiz ignorou o pedido do governo de obrigar os réus a comparecerem à audiência, que foi dedicada à análise de diversas solicitações dos acusados.
Cheikh Mohammed e Ben Attash pedem o afastamento de todos os advogados civis especializados em casos de complô, assassinato e envolvendo a pena de morte que aconselham eles atualmente. Aziz Ali quer se separar de seu advogado militar, o que é proibido pelo regulamento dos tribunais de exceção.
Henley afirmou que não anunciará nenhuma decisão antes do fim do prazo de 60 dias.
Os dois outros réus, Ramzi ben al-Shaibah e Mustafa Ahmed Adam al-Hawsawi, não obtiveram o direito de se defender sozinhos, na espera de uma avaliação de suas faculdades mentais.