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Al Gore vê com bons olhos as iniciativas chinesa e japonesa para o clima

Agência France-Presse
postado em 22/09/2009 15:37
O ex-vice-presidente americano e Prêmio Nobel da Paz, Al Gore, afirmou nesta terça-feira que acha positivas as promessas de ações chinesa e japonesa contra o aquecimento do planeta, feitas durante a cúpula das Nações Unidas sobre o clima. "A China mostra um espírito de iniciativa impressionante para lutar contra o aquecimento climático", declarou Al Gore à imprensa, em um foro realizado à margem da cúpula. Os objetivos de redução, antes de 2020, do aumento das emissões de CO2 da China vinculado a seu crescimento econômico apresentados pelo presidente Hu Jintao "não são insignificantes", estimou Gore. Ao citar, além disso, os investimentos importantes feitos pela China em termos de energia eólica e solar, Al Gore afirmou que todos esses esforços são importantes. "E dispomos de todas as indicações que mostram que, em caso de progressos importantes nas negociações (de Copenhague), a China estará pronta para fazer inclusive mais". Al Gore felicitou igualmente o novo primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, que confirmou o compromisso de seu país de reduzir as emissões de gás de efeito estufa, além de anunciar um aumento das ajudas aos países pobres na luta contra o aquecimento global. "Para seus objetivos a médio prazo, o Japão se esforçará em reduzir suas emissõse em 25% antes de 2020, em relação a seus níveis de 1990", indicou Hatoyama durante a cúpula das Nações Unidas sobre o clima. Para conseguir isso, prometeu "mobilizar todas as ferramentas políticas disponíveis", incluindo a criação de um mercado nacional de permissão de emissão ou instaurando uma taxa sobre as emissões de carbono. Este novo objetivo é muito mais ambicioso que o do governo anterior, que buscava uma redução de apenas 8%. "O Japão também está disposto a proporcionar um apoio financeiro e técnico para acompanhar os progressos da negociação internacional", acrescentou o primeiro-ministro. "A ajuda financeira pública e a transferência de tecnologias para os países em vias de desenvolvimento são particularmente importantes", enfatizou. Mais cedo, Jintao defendeu a redução das emissões de dióxido de carbono da China em relação a seus níveis de 2005 em uma medida importante até 2020. Jitao também expressou ante a Assembleia Geral da Nações Unidas que os cortes deverão ser medidos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), em linha com as preocupações chinesas quanto a seu rápido crescimento econômico. "Nós nos esforçaremos por reduzir as emissões de dióxido de carbono em proporção com o Produto Interno Bruto em uma medida importante até 2020, com relação aos níveis de 2005", afirmou Hu na cúpula especial sobre mudança climática na ONU.

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