Agência France-Presse
postado em 22/09/2009 17:24
O filho do presidente deposto Manuel Zelaya admitiu que teme pelo pai, refugiado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, mas disse que nunca pensou em pedir a ele não voltar para Honduras.
"Nunca nos passou pela cabeça pedir a ele para que não voltasse", declarou Hector Zelaya a jornalistas em Nova York, para onde viajou junto com a comitiva que representa seu pai na Assembleia Geral da ONU.
"Quando meu pai chegou à presidência, fomos obrigados a entender que ele tinha deixado de ser exclusivamente um membro de nossa família para se tornar uma parte do povo hondurenho", disse o filho do presidente, derrubado há quase três meses por um golpe de Estado.
"Sempre o apoiamos", afirmou.
Hector Zelaya ainda alegou que foi obrigado a sair de Honduras há mais de um mês, por ter recebido ameaças de morte dirigidas contra ele, sua esposa e seu filho.
Ele se declarou "muito preocupado" com o cerco da embaixada do Brasil pela polícia, algo que, segundo ele, "só se vê em filmes".
"Meu pai e minha mãe (que também está na embaixada) estão sofrendo uma guerra psicológica e emocional", afirmou.