postado em 22/09/2009 19:32
O embaixador para a América Central e Caribe, Gonçalo de Mello Mourão, classificou como uma agressão a represália do governo hondurenho à embaixada brasileira em Tegucigalpa. Ontem (21), o presidente deposto, Manuel Zelaya, voltou a Honduras e se refugiou na embaixada brasileira.
%u201CNão só do ponto de vista diplomático, mas segundo o senso comum, é um ato de agressão que não pode ser aceito e que, de alguma maneira, tem que ser revertido%u201D, comentou Mourão durante reunião extraordinária da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, encerrada há pouco.
Hoje, manifestantes favoráveis ao presidente Zelaya, que estavam do lado de fora da Embaixada do Brasil, foram retirados do local pelas forças de segurança hondurenhas com gás lacrimogêneo e balas de borracha. A luz, a água e o telefone foram cortados e a embaixada funciona com um gerador a óleo diesel.
O embaixador defendeu o diálogo e a negociação pacífica entre o governo interino de Roberto Michelleti e o presidente deposto Manuel Zelaya.
Segundo Mello Mourão, não há qualquer indício de ameaça à integridade dos três funcionários brasileiros que permanecem trabalhando na embaixada. O governo já havia determinado o retorno ao Brasil do embaixador em Honduras.