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Organização denuncia tortura e assassinatos em Tegucigalpa

A líder de um grupo de direitos humanos em Honduras afirmou nesta terça-feira à TV cubana que a operação militar em torno da embaixada do Brasil em Tegucigalpa deixou ao menos dois mortos, e que a polícia está torturando manifestantes. "Estes fascistas tiveram o atrevimento de cercar a embaixada do Brasil, bateram nos companheiros, e há dois companheiros assassinados, há gente torturada, gente levada para centros ilegais de detenção", disse Bertha Cáceres, do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (COPINH), por telefone à TV cubana. A embaixada do Brasil em Honduras, que deu abrigo ao presidente deposto, Manuel Zelaya, foi cercada pela polícia, que desalojou cerca de 4 mil manifestantes concentrados na região. A AFP em Tegucigalpa não conseguiu confirmar a denúncia, já que o necrotério da capital não recebeu qualquer corpo de vítima da repressão aos manifestantes pró-Zelaya. Segundo o Hospital Escola da capital hondurenha, 18 feridos deram entrada no local devido aos incidentes em Tegucigalpa.