Agência France-Presse
postado em 23/09/2009 22:04
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, anunciou nesta quarta-feira (23/9), em Nova York, que voltará a Honduras neste final de semana, à frente de uma missão para mediar a crise gerada pelo golpe de Estado.
"O governo de fato nos disse que está disposto a receber uma missão de chanceleres e o secretário-geral (da OEA)", disse Insulza à imprensa após se reunir, em Nova York, com uma dezena de ministros de Relações Exteriores, incluindo o espanhol Miguel Moratinos.
[SAIBAMAIS]"Esperamos poder viajar na sexta-feira ou no sábado", revelou Insulza, acrescentando que a missão será praticamente a mesma que visitou Honduras no mês passado.
"Mas não vamos fazer o mesmo que na missão anterior. Já escutamos as partes, agora nos corresponde promover uma mesa de negociações".
Moratinos destacou que existe muita preocupação com a situação na embaixada do Brasil, onde está refugiado o presidente deposto, Manuel Zelaya.
"Todos nós apoiamos a proposta do Brasil de levar a situação ao Conselho de Segurança da ONU. A Espanha vai falar com os membros europeus do Conselho para que possamos discutir e aprovar uma resolução".
A reunião do Conselho de Segurança foi solicitada hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em Nova York para a Assembleia Geral da ONU.
"Queremos enviar uma mensagem muito clara ao governo de fato em Honduras de que a comunidade internacional estará por trás do governo do Brasil e de sua embaixada", disse Moratinos.
A questão de Honduras foi analisada em uma reunião com Insulza, Moratinos e representantes de Brasil, Argentina, Canadá, UE, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Jamaica, México, Panamá e República Dominicana, além do secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias.