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Empresários hondurenhos lançam proposta que prevê volta de Zelaya ao pode

Agência France-Presse
postado em 29/09/2009 16:35
Um grupo de influentes empresários hondurenhos propôs nesta terça-feira um plano que prevê a restituição de Manuel Zelaya na presidência com faculdades restritas e o envio de uma força militar multinacional a Honduras, informou o líder dos industriais, Adolfo Facussé.

O plano para encontrar uma rápida solução para a crise hondurenha prevê que Zelaya seja reinstalado no poder, mas que, de imediato, se submeta aos tribunais de justiça para responder pelas acusações que pesam contra ele, explicou Facussé.

"O presidente (de fato Roberto) Micheletti, de quem esperamos uma atitude patriótica, voltaria ao Congresso já não como presidente e sim como um deputado comum, e teria uma cadeira vitalícia, o que é inédito, mas não é proibido por lei", acrescentou Facussé, que lidera o grupo que fez a proposta.

Para garantir o cumprimento do acordo por todas as partes, seria pedido o envio de uma força multinacional, integrada por 3.000 militares ou policiais do Canadá, Panamá e Colômbia, afirmou Facussé, que não precisou se, para este propósito, seria pedido a tutela da ONU para esta força.

"O plano é produto da discussão de um grupo grande de empresários e outros cidadãos hondurenhos e a principal ideia aproveita o plano do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, com modificações complementares para responder às inquietudes de alguns setores", declarou Facussé.

Também propõe que o presidente Zelaya delegue o comando das forças armadas ao conselho de ministros e a faculdade de remover membros de seu gabinete ao congresso.

Segundo a proposta, os ministros seriam nomeados pelos partidos políticos na mesma proporção dos votos que obtiveram nas últimas eleições de novembro de 2005, e só poderiam ser destituídos com o voto de dois terços dos deputados.

Paralelamente, os empresários solicitam à comunidade internacional que dê um amplo apoio as eleições de 29 de novembro e que a OEA e outros organismos enviem observadores que certifiquem "a transparência do processo e a legitimidade dos resultados", assinalou Facussé.

Facussé disse ainda que a proposta foi apresentada a Micheletti, aos candidatos à presidência, ao embaixador dos Estados Unidos, Hugo Llorens, e ao bispo auxiliar de Tegucigalpa, Juan José Pineda, que atua como facilitador das negociações entre o governo de fato e Zelaya.

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