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EUA: Plano Arias é 'chave' para superar crise em Honduras

Agência France-Presse
postado em 29/09/2009 20:00
O embaixador dos Estados Unidos em Honduras, Hugo Llorens, disse nesta terça-feira que o plano do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, é a "chave" para superar a crise política que abala o país desde o golpe de Estado que derrubou o presidente Manuel Zelaya, em 28 de junho passado.

"Acreditamos que a proposta (do acordo de San José) está na mesa, que é a chave para a solução do conflito, para se obter um acordo, para a volta da democracia, para a realização de um processo eleitoral pacífico com o apoio da comunidade internacional", declarou o diplomata à rádio local HRN.

Llorens destacou que os Estados Unidos "não apoiam qualquer indivíduo em particular", e sim a democracia.

"Nossa política tem sido bem clara em condenar o que ocorreu em 28 de junho, como já disse o presidente (Barack) Obama e a secretária (de Estado, Hillary) Clinton, mas não apoiamos nenhum indivíduo em particular".


"O que os Estados Unidos apoiam são os princípios, o princípio da democracia, o princípio do respeito aos direitos humanos; apoiamos a restauração da democracia, que se restaure o governo legítimo".

Para os Estados Unidos, "não deve ser uma solução americana, imposta por Washington, ou uma solução sul-americana; acreditamos que deve ser uma solução centro-americana, e é por isto que apoiamos o presidente Arias, e que seja uma solução que o próprios hondurenhos possam negociar".

"A política dos Estados Unidos tem sido muito clara, é de apoio à democracia em Honduras e em qualquer outro país da região".

Llorens destacou que os Estados Unidos têm utilizado sua influência política "para obter este acordo, para prevenir a violência e para apoiar a democracia (...), mas, como já disse o presidente Obama, não trata-se apenas de apertar um botão e tudo se resolve".

Na véspera, o representante dos Estados Unidos na OEA, Lewis Amselem, disse que "a volta do presidente Zelaya a Honduras foi irresponsável e não serve nem aos interesses de seu povo nem aos interesses dos que buscam o restabelecimento pacífico da ordem democrática em Honduras".

Amselem criticou duramente a presença de Zelaya na embaixada brasileira em Tegucigalpa e estimou que o presidente deposto "deveria exercer sua liderança e pedir a seus seguidores que se manifestem pacificamente".

Segundo o diplomata americano, Zelaya "deveria parar de agir como se estivesse em um velho filme de Woody Allen".

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