Agência France-Presse
postado em 30/09/2009 09:48
O tufão Ketsana que destruiu a capital das Filipinas, Manila, continua sua trajetória no sudeste asiático, onde já matou 74 pessoas no Vietnã e 11 no Camboja.De acordo com os balanços disponíveis, o Ketsana deixou em toda a região 331 mortos. Os filipinos foram os mais atingidos, com 246 mortos.
O Ketsana ganhou força ao deixar as Filipinas, passando de tempestade tropical a tufão em direção ao Vietnã, onde 12 pessoas estão desaparecidas e as autoridades temem ainda inundações históricas.
A cidade de Hoi An, patrimônio da Unesco, estava debaixo d;água na terça-feira. O acesso ao centro histórico da cidade está interditado para barcos.
A localidade e outras partes da província de Quang Nam, as autoridades admitem ter dificuldades para ajudar dezenas de milhares de pessoas.
"Nosso trabalho de socorro é muito difícil, mesmo com uma mobilização muito grande de soldados e policiais, porque a dimensão das inundações é muito grande e faltam materiais", disse Phan Nhu Nghia, diretor da Cruz Vermelha de Danang. Para ele, a prioridade é deslocar as pessoas que estão correndo perigo e ajudar os moradores das áreas mais atingidas.
O Vietnã evacuou cerca de 170.000 pessoas antes da chegada do Ketsana. Mas segundo a televisão pública, alguns habitantes estão completamente isolados, principalmente em regiões montanhosas.
O tufão atingiu o litoral vietnamita na tarde de terça-feira, um pouco ao sul de Danang, antes de tomar a direção do oeste e ganhar mais força à noite, segundo as autoridades vietnamitas.
No Camboja vizinho, ao menos nove pessoas morreram no centro e duas no nordeste. Segundo as autoridades, milhares de habitantes foram retirados de suas casas e a distribuição de barracas e alimentos começou em diversas províncias.
"Nunca vi um vento tão forte assim na minha vida", declarou por telefone Pang Phot, um policial do distrito de Sandann. "Inúmeras casas de madeira foram imediatamente varridas".
Mais ao norte do Laos, diversas fontes, da ONU e de ONGs, mencionaram inundações em algumas províncias. O governo não mencionou vítimas até o fim da tarde.
Nas Filipinas, o tufão atingiu um total de 2,2 milhões de pessoas, as autoridades lançaram um apelo à ajuda internacional no início da semana e receberam promessas dos EUA e da União Europeia.